sexta-feira, 30 de abril de 2010
O 1º dia
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Trabalho
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Introdução ao trabalho intelectual
E agora eu preciso escrever mais 15 páginas, no mínimo, até dia 3. É prazo, deadline, se eu atraso lá vem morte. Ou reclamação. Meu orientador não entende, não sabe que entre uma ponta e outra do doutorado têm 7 países, 4 namoradas e uma meia dúzia de amantes. Sem contar os amigos que tiram a atenção pra levar você pro bar...
Mas tudo bem, que agora eu parei tudo. Só o texto, só a tese, resolvido. Se eu estivesse na praia, ainda, seria mais difícil. Mas não é não; agora eu tô aqui, enterrado até o umbigo num mar de livros, sem ninguém pra atrapalhar.
E esse é o problema, o puto do problema. Agora eu preciso escrever, eu preciso reler tudo e ler de novo, e anotar uns entre-aspas e escrever, e escrever. Uma tese original, uma ABNT, eu preciso pensar, preciso ser bom, ser genial. Isso dá trabalho
e eu acho que nem consigo. Não dá, sei lá, como vou fazer pra inovar? E que vai adiantar? Servir pra quê, isso vai? Pra nada, uai, aposto, tenho quase certeza. Absoluta.
Ficasse na labuta de acordar cedo, ir pra roça carpir mato, cortar cana, rachar lenha, trabalho brabeza mesmo, isso sim, trabalho. Agora eu, aqui? Trabalho? Só me pagam porque sonham que eu faço alguma coisa das que presta.
Mas eu sei que é só conversa.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
As páginas
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Ler é Saber
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Memórias desmortas de Brás Cubas
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Sensação
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Roda Gigante
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Jaime Palilo
Um carrossel e um palhaço. Assim começa, quando o homem pintado de fera aperta o botão vermelho. O carrossel começa a girar, girar, e eu não sei ao certo onde estou. Não mais. Só uns borrões de cores e luzes, voltemeia o palhaço passando na vista, parado ao lado da mesa de controle. Girando rápido, borrões e cores.
Já vejo o homem a cada 20 segundos. O carrossel vai mesmo rápido, e acelera. Ele, palhaço, agora espera sentado no chão, ao lado botão vermelho, uma alavanca e manivela. Que coisa, podia jurar que era uma vela o que ele tinha na mão...
Mas não, não era; o homem pintado de urso fumava um cigarro, um charuto, um cachimbo, não sei. Sentado ao lado do carrossel velho. E eu girava mais rápido, vento nos cabelos, rosto assustado e mãos crispadas no arreio do bode.
Porque sei lá, foi num bode que eu montei, e ele era o mais rápido dos seis. Um bode, um dragão, uma onda. Eram os três primeiros, pintados de dourado e verde. O bode tinha bigodes pretos, mas as cores eram dourado e verde, principalmente. Os outros eram tão sujos e desbotados que eu não sei se eram um tapete, uma vaca e uma arara ou uma bandeja, um cachorro e a dona do albergue em que fiquei em Barcelona...
O palhaço aparecia à minha vista a cada 3 segundos, e achei que estivesse louco. Eu, não o palhaço... eu, porque depois da terceira vez que vi o homem minhas mãos eram pequenas, como de criança escondida sobre a mesa de brigadeiro em festa de família. Notei que ia de costas, montado ao contrário no burro. Só notei depois de muitas voltas, mesmo, sou desligado feito meu Tio Crispim.
Meu tio Crispim, que vinha com um sacão de pipoca me tomar pela mão e levar para longe daquele brinquedo. “Chega de girar, menino, que tu já tá é tonto. Chega de girar e vamos ver o resto”.
Entramos na casa dos espelhos...
sexta-feira, 9 de abril de 2010
O Teatro dos Vampiros
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Como Se Não Houvesse Amanhã
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Eu sei
Phoenix diz:
. Tá.
Você convidou Phoenix para uma chamada de vídeo.
Conectando...
Conectado!
MARTA diz:
. Ah, bem melhor... EI! Quem tá aí atrás?
Phoenix diz:
. Atrás? Ninguém, tá doida?
MARTA diz:
. Atrás sim, moleque! Na tua cama, dá pra ver daqui... é uma mulher que eu tô vendo. Porra, Jorginho, é a Natália!!!!
MARTA diz:
. fdp
. fdp!!
Phoenix diz:
. Filho da puta? Por que? Eu não fiz nada demais...
MARTA diz:
. Ah não? Não? Então por que tá comigo aqui, online, falando putarias há quase uma hora? Por que, canalha? Se tinha essa menina atrás de ti, vendo tudo...?
Phoenix diz:
. Ah, eu não menti sobre isso. Ela não tava aqui... tinha ido tomar banho. Não quero pensar que eu minto, aliás. E, querida, já que tu notou a Nati ali, deitada e nua, vou aproveitar e deitar lá também. A gente se fala, gata.
MARTA diz:
. Mas.... não, não vá agora
Phoenix desligou-se

Marta diz:
. Merda!
domingo, 4 de abril de 2010
Reabertura do Clube
