terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Diário íntimo IV

ou Agradecimentos públicos inominados
ou ainda Como subverter uma tradição acadêmica
em sua dissertação de mestrado

Ao caminho.

Depois, a todos os caminhos por que passei enquanto escrevia e a todas as pessoas que encontrei enquanto andava. Aos que contribuíram com algo e aos que não contribuíram com nada. Injusto demais seria nomear uns e outros.

Ao mendigo vendedor de chicletes que, num ônibus do Recife, me ensinou sobre Marco Aurélio, Petrarca, sobre os doutores da Igreja, filosofia moderna e desapego na mística oriental.

Aos professores, aos pais e aos amigos, não necessariamente nessa mesma ordem e não necessariamente excludentes entre si.

Às práticas e à ausência de prática, bem como aos momentos de iluminação.

À CAPES, que me pagou em dia quase o tempo todo e cuja ausência teria significado a necessidade de trabalhar, em vez de andar e pensar sobre poesia.