segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

não tenho nada com isso

- E aí, quando a gente passava do segundo pro terceiro andar - acho -, vi o Arnaldo Baptista subindo junto. Ele e a Lucinha Lins.

- Lucinha Lins?

- Lucinha Lins, a mulher dele.

- Hm...

- Enfim, vi o lóki subindo lá, quase junto comigo - um pouco atrás, pra ser preciso - e na mesmíssima hora voltei pra abraçar o bicho.

- Que da hora. E ele, o que fez?

- Me abraçou também, cara, foi isso aí. Eu disse que ele era gente boa: na hora em que eu disse "Arnaldo, lóki, malandro velho" ele abriu um sorrisão. Foi mó demais, cara, sério mesmo.

Jukebox tocava o que tinha de tocar.

- Mas e aí, pegou um autógrafo e caiu fora?

- Pô bicho, que nada! Depois a gente ainda foi andando junto, batendo um papo. O Arnaldo até chegou a me dar umas dicas, velho.

- Sério? Que massa. Sobre música?

- Nada; sobre mulheres!

- Demais...

Mais uma cerveja, depois outra, depois um suco de laranja. Quase silêncio.

- Barbosa!

- Como?

- Lucinha Lins porra nenhuma, mané. A mulher do Arnaldão chama Lucinha Barbosa.

- Ah...

Agora sim, silêncio inteiro.


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