domingo, 15 de abril de 2012

o cheiro no ar

Joana debruçada no balcão, Joana bored, Joana sem clientes que a entendam. Joana sem cliente a atender. Viu a porta de entrada balançar ao vento do último cliento que saiu, um homem meio frio com um sorriso eterno face ao rosto. Não era pro seu gosto, pensou Joana, mas não era de todo mau.

Vitrola tocando um samba antigo samba Cartola, Joana de rabo de olho olhando a vitrola. Lá fora o vento do homem saído levava resquícios de alguma coisa, futuro prenhe, de algo não ido mas pra onde ia. O homem saído só sabia que caminhava no rumo ao sol.

Joana não sabia, mas podia imaginar.

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