segunda-feira, 9 de agosto de 2010

live

Há 55 anos não deu certo, decididamente não deu certo. Não por nada, mas a televisão não conseguiu acompanhar direito, as imagens ficara chuviscadas e poucos repórteres estavam no local. Como nem eles nem os equipamentos voltaram, foi mesmo uma bela perda de tempo.

Mas hoje provavelmente seria diferente, pensavam todos na ilha de edição. Provavelmente porque o satélite fora direcionado desde o dia anterior, e um pulso eletromagnético enorme foi emitido do epicentro da ilha: nenhum celular, câmera digital, cinegrafista amador ou qualquer outro filho da puta desses tiraria a exclusividade daquela transmissão de TV.

Nenhum outro filho da puta. O satélite focalizava ao mesmo tempo toda a região construída, todas as cidades importantes da ilha, e era capaz de focar diretamente e com uma aproximação de centímetros qualquer objeto, pessoa ou animal que estivesse no solo. E tudo, genialmente, transmitido via streaming pela Rede de Notícias BGTon.

Daria certo hoje, pensavam todos na ilha de edição, enquanto no centro da ilha, pela televisão, o mundo assistia à terceira detonação de uma bomba nuclear sobre pessoas, a terceira em toda a história.

Nagasaki não importava: agora o mundo todo via, ao vivo, a morte da ilha de Cuba.

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