segunda-feira, 16 de julho de 2012

43

Quando entrou no Clube, aquela noite, estranhou ver sentada uma freira sozinha, com taça de vinho na mão. Não seria aquela mesma freira que, não, não podia ser, será que era?, a mesma freira de outro dia, na sala de espera e depois refeitório, enquanto sua mente ainda pulava de cobre pra bório, será que era a freira que era no dia do almoço, seria?

Se aproximou. A mente vincada por teorias e provas, por dados e notas e relatórios científicos a entregar, pareceres nem sempre gentis a enviar, notebook para formatar, a ciência da vida a ciência da morte a ciência da ciência e mais um monte de coisas que nunca deixavam tempo nem para que ela... para que ela se aproximasse.

"Quanto mais aproximações executamos", dizia seu antigo professor, "menos certezas obtemos. A proximidade altera o grau do questionamento".

- Altere o questionamento.

A doutora se espantou ao ser trazida de volta ao mundo. Dos pensamentos profundos, praticamente caiu no presente, ouvindo a velha temente a Deus no vestido de freira e com a taça ainda cheia de sangue do Cristo nas mãos.

- C... como? Mil perdões, mas a senhora falou comigo?

- Eu? - disse a freira, espantada - Não, minha jovem, estava apenas rezando. Desculpe se a incomodei.

A jovem ajeitou a alça da bolsa no ombro, distribuindo de novo o peso pesado do material de estudo, dos quadros de estado da arte e o prumo da respiração. "Posso me sentar?", perguntou. "Pode, claro, por gentileza!", a irmã respondeu.

Um silêncio constrangedor, por fim, deu coragem à doutora, que perguntou num tom bem menos arrogante que o planejado:

- Onde está seu deus agora?

A freira, sorrindo, deu mais um gole no vinho antes de dizer qualquer coisa. Mas disse.

- Apenas sei onde estou.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

42


A pilha de papéis crescia exponencialmente, ameaçando encobrir o pôster de Albert Einstein que ela tinha em uma das paredes do pequeno escritório. A sala era apertada e sem janelas, apenas uma lâmpada balançava no teto e apenas quando ela se levantava e batia, com muita força, a cabeça no lustre, derrubando partículas de poeira que brilhavam na luz artificial, cena que sempre a fazia sonhar sobre os maiores mistérios sobre o Universo e tudo mais. Porque para ela não bastava sonhar apenas sobre o universo: havia todo o resto!
Ela tinha embutido em algum lugar do cérebro teimoso e mimado uma curiosidade nata, às vezes respondia para as pessoas que sua profissão era ser curiosa. Era uma curiosa profissional, por assim dizer. Atrás do poster do Einstein mostrando a língua, três diplomas estavam pendurados e esquecidos, mas, caro leitor, não fique preocupado pois eles jogam poker todas as terças e não ficam entediados. Afinal, deixe-me lembrar, eles são apenas pedaços de papel. Medicina, Filosofa e Física, diziam em letras garrafais. (Mesmo sem importância para a trama, o leitor anônimo pode estar se perguntando: ‘E quem geralmente ganha as rodadas da jogatina?’. O narrador então responde: ‘A Física. Todos conhecem a regra do jogo, mas ela é a única a se preocupar com o que está fora das regras escritas’. O cenário é na verdade impossível: lembre-se, estamos falando de pedaços de papel presos entre um vidro e uma imitação barata de madeira). Era o último diploma, entretanto, o que mais justificava o ordenado com cinco dígitos que ela recebia por vasculhas os mistérios do mundo da Física Teórica. Quando digo ‘mundo’ faço, na verdade, referência às infinitas possibilidades das mais variadas teorias do Tudo, desde as Cordas, Loops e as partículas de luz, qua ainda teimam em agir como partícula e onda ao mesmo tempo, até os malditos neutrinos específicos que, para o engasgo da protagonista, podiam andar mais rápido que a luz. ‘O que é rápido pra cacete’, ela explicou uma vez para uma freira que cometera o terrível engano de sentar naquela mesa, naquele dia. Veja bem, em praticamente qualquer outro dia ou horário (ou mesa), a pobre freira teria uma refeição agradável após uma prece rápida; bem rápida porque o corpo tem mais fome que a alma. Mas ela escolheu sentar-se ao lado da garota com cabelo esquisito; gostava de se misturar, a freira. ‘Sabe o que isso significa?’, ela perguntou para a freira sem nome, que negou com a cabeça, visto que a boca estava cheia após uma bocada glutona em um sanduíche com carne de porco. A garota continuou: ‘Que podemos estar abrindo uma nova era de conhecimento! Quem sabe, assim poderemos provar que seu amigo imaginário não existe!’. Depois de comer um pouco mais ela concluíu: ‘Aliás, o que uma freira está fazendo em um lugar dedicado a derrubar suas teorias?’. A freira não tinha respostas para essa pergunta e a garota não abria espaço para ela falar, explicando a maravilha do Big Bang e citando biólogos, astrônomos, físicos e filósofos que explicavam como o Universo não precisava de um Deus. ‘Em teoria’, ela continuou falando como se não precisasse respirar, ‘em teoria, se você socar uma porta tempo suficiente, eventualmente sua mão irá atravessar a matéria! Seria necessário mais tempo do que... bem, o próprio tempo que existiu até hoje, mas as probabilidades não mentem: uma hora sua mão iria atravessar a madeira intacta. Bum! Bug na existência, cadê o seu Deus agora, hein?’ Ao final da refeição a freira estava a meio caminho de fazer perguntas para outros deuses, menores e um pouco menos antropomórficos e passava a duvidar de todas suas crenças até aquele momento. Por outro lado, aquele sanduíche estava realmente muito bom, o que valeria outra visita.
Voltemos ao presente. Ela estudava os dados do último teste no CERN. Dados eram importantes naquele lugar, talvez o único lugar do mundo em que eles eram de importância mais vital do que em uma mesa cercada por adolescentes com fortes odores, grandes espinhas, baixa estima e imune virgindade brincando de serem outras pessoas. Amava os dados, cada partícula em alta velocidade podia gerar novas perspectivas para entender o mundo. Era uma médica formada porque queria entender o mundo interior, mesmo motivo pelo qual tinha cursado filosofia. O que restava em sua busca poderia ser alcançado naquele lugar, com minúsculas bolas se chovando e provocando energia suficiente para queimar qualquer coisa viva em um raio de alguns quilômetros.
Aqueles números eram, no entanto, impressionantes. Impressionantes além do que ela podia imaginar. Eu vim aqui para isso, ela se lembrou. Pegou o telefone e ligou para outro cientista, em outro lugar e em outro CERN. ‘Estou vendo isso direito?’, ela perguntou. ‘Essa é a verdadeira partícula divina!’, respondeu o outro cientista, em outro lugar e em outro CERN, ‘acertamos a loteria! Esqueça tudo que você sabe, as possibilidades são infinitas. Não é mais Deus quem joga os dados. Somos nós, minha querida. Nós jogamos os dados agora.’
Ela não acreditava no que estava vendo. Derrubou a pilha imensa de cálculos todas as dimensões testadas (algumas inventadas para justificar a complexidade matemática das formulas utilizadas) e puxou o pôster da parede, derrubando o diploma de Filosofia durante um de seus All in (o primeiro que o triste pedaço de papel, impossibilitado de qualquer sentimento uma vez que não era um ser vivo, iria ganhar em toda sua vida) No armário, em um canto esquecido e mofado, retirou um grande tubo de cartolina e espirrou por causa do pó. Desenrolou o novo poster e o prendeu na parede com duas tachinhas. Olhou para a nova ordem, para o novo modelo de entendimento da física moderna e chorou como nunca chorou antes ou depois em sua vida. Na parede, Douglas Adams sorria com as feições hobbitiescas que tinha. Era como se estivesse sorrindo em deboche do que fora feito até então. Sabíamos tão pouco! Mas ela agora tinha a resposta: ‘42’, diziam os dados. E os dados não mentem, pergunte ao mestre.
Ela, de repente, pulou sobre as pilhas intermináveis de números desconexos. ‘Quarenta e dois’ diziam seus lábios. Ela tinha a resposta, mas a pergunta ainda estava lá fora, perdida em algum lugar do Universo. Ou em outro Universo, quem sabe em uma mesa de bilhar ou em uma jukebox quebrada. Talve-

Zack parou e leu o que tinha escrito. Fez uma careta, amassou o papel e terminou o drink que estava ficando quente no balcão vazio do bar fechado. Tirou a jukebox da tomada. Pensou um pouco mais e colocou-a de volta no plug; era melhor assim, algo dizia em seu interior.
Quando chegou no pequeno quarto em que dormia, jogou fora a cópia que tinho d’O Guia do Mochilerio das Galáxias e foi dormir, decidido a nunca mais tentar escrever outra vez.
Não fora feito para escrever, cogitou. Às vezes eu nasci sem histórias em mim. Tenho que me contentar em servir as bebidas, não é como se as minhas histórias tivessem alguma importância.
Os Universos, todos eles, tremiam com o caos e o paradoxo criados pela decisão de Zack. Ele, entretanto, dormia tranquilamente, noite após noite.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

garfield

- Segunda-feira de novo.
- É.
- E frio.
- É.

- Por que o som tá pulando?
- Não sei, CD arranhado.
- Mas é memória flash. Jukebox moderna.
- É nada.
- É sim.
- Tá.

- Segunda-feira.
- É.
- O que fez o dia inteiro?
- Frio.
- Cara, quando você não sabe o que fazer, escreve diálogo. Já reparou?
- Já.
- E por que?
- Porque quando não sei o que fazer, escrevo diálogo. E sou perspicaz. Por isso já reparei.

Cerveja.

- Não, cara! Por que você escreve diálogo quando não sabe o que fazer?
- Porque quando eu sei, faço silêncio.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Imaginações do Chá Frio


Para Paulinha, com carinho.

O chá esfriava na caneca. Allan estava entediado, cotovelos apoiados no descanso da janela; o peso da cabeça sobre os punhos fechados. Olhava o jardim pela janela, atividade que fizera todo aquele mês, sentado na cadeira de rodas e com as duas pernas quebradas suspensas. Allan podia ouvir os gritos de outras crianças brincando no parque logo ao lado. O sol brilhava sobre as árvores e o jardim explodia em vida, mas Allan só pensava em explodir tudo aquilo. Não com vida, mas com napalm. Ele sentia raiva, queria sair e correr, pular fogueiras, cair de sua bicicleta e ralar os joelhos; queria as pernas sem a armadura branca que usava.
Desanimado, estudou o jardim novamente, talvez pela centésima vez naquele dia. Uma pilha de livros de fantasia e alguns quadrinhos jaziam, logo esquecidos para sempre, no canto da sala. Era um leitor ávido e em poucas semanas havia facilmente devorado a limitada biblioteca da casa. Agora, só restava assistir novelas com sua mãe ou olhar pela janela. Então ele olhava pela maldita janela, o maior tempo possível, esperando por algo que pudesse mudar seu mundo.
Como se tivesse nascido epontaneamente das sombras, um gato negro pulou dentre as plantas. Era um gato comprido e de olhos vermelhos; duas orelhas peludas enfeitavam a cabeça redonda do animal. Ele parou no meio da grama e sentou pacientemente, estudando o garoto com a cabeça apoiada nas próprias mãos. O gato piscou os dois olhos e lambeu uma das patas. De repente, outro gato pulou ao lado do gato negro, este branco com listras amarelas por todo o torso. Os dois gatos circularam-se, formando por um único segundo o símbolo de yin e yang quanse perfeito, não fosse a cor que diferenciava o animal branco.
Os gatos sentaram um pouco mais perto da casa e ficaram, impassíveis, assistindo o garoto por trás da janela. E assim ficaram, completamente imóveis, excluindo piscadas eventuais. Mais dois gatos pularam do muro, um castanho e outro branco e juntaram-se aos outros dois felinos. Allan olhou o quarteto, perguntando-se o que diabos estava acontecendo.
Cinco minutos depois, um total de nove animais ocupavam o gramado verde. Um deles, um gato castanho sem a orelha esquerda, miava. Quando ele parou, dezesseis gatos se espalhavam em toda a vista da janela, alguns miando em dissonância, outros andando com os rabos levantados e, Allan viu com empolgação e vergonha infantil, copulavam ao lado de uma árvore.
O menino resolveu então girar a cadeira para longe da janela, deslizando de forma ágil o assento especial para a cozinha, onde pretendia arranjar uma maneira de tirar o leite da geladeira e preparar um achocolatado: uma tentativa fútil de tirar o pensamento dos animais que estavam do outro lado do vidro. Por quanto tempo eles se limitariam a estar do outro lado, Allan não sabia e, para encostar na verdade mais profunda, não queria saber. Quando chegou no outro cômodo, havia outro gato na janela, sentado no parapeito externo, olhando com olhos estranhamente sagazes. Ele esqueceu instantaneamente do leite e impulsionou as rodas laterais da cadeira até a primeira gaveta da pia, de onde ele revelou uma longa faca para carnes. Retirou também a pedrar de amolar que sua mãe sempre usava. Ele não tinha idéia do que fazia, mas passou a pedra na lâmina do que seria sua arma e olhou, o mais ameaçador que podia, para o gato. Suas mãos tremiam e ele quase cortou um dos pequenos indicadores.
O gato de olhos sagazes miou em tom grava, um miado longo e rouco, perturbador; gutural. Logo, oito gatos surgiram na janela e começaram a procurar por uma entrada, aumentando o número de animais na cozinha. Allan viu, sentindo o medo escalando por sua espinha, que um dos vidros no canto mais afastado dele estava aberto. Ele tensionou os braços com força de atravessou a cozinha como se houvesse um pequeno motor na cadeira. A cadeira bateu na pesada mesa de madeira e deu um pulo, derrubando o garoto e arrastando-o pelo chão limpo. Sentindo uma explosão de dor em uma das pernas. Allan griou e agarrou o gesso, chorando pela mistura de dor e desespero. Os gatos chegavam rápido, ele não tinha muito tempo. Agarrou-se à mesa e levantou o corpo imobilizado. Duas novas explosões tomaram conta das pernas do garoto, que mordeu os lábios até sentir o gosto metálico do próprio sangue.
Era difícil mover-se daquela forma, além de extremamente dolorido, mas ele não tinha outra escolha: deu dois passos largos, cômicos, com as pernas retas e abertas em mais de setenta graus, alcançando a janela e fechando-a, prendendo a pata de um dos gatos, que miou rispidamente. Os nove felinos em sua janela mostravam os dentes e arranhavam o vidro.
Allan voltou para a cadeira, primeiro se jogando sobre a mesa, depois em uma cadeira que fazia parte do conjunto da cozinha para, finalmente, voltar à cadeira de rodas. Tinha pouco tempo para se preparar. Agarrou navamente a faca, esticando o corpo até o chão e quase caindo novamente, sem reconhecer a sorte por estar vivo depois de ter caída com uma faca daquele tamanho nas mãos; a pedra de amolar estava para sempre perdida, como se tivesse atravessado o fino tecido da realidade e pousado em uma Terra alternativa, por baixo de uma Jukebox que permitia a música na posição 42-B ser tocada repetidas vezes.
Ele foi até a lavanderia e pegou uma vassoura, desencaixando o cabo para usá-lo como uma lança. Pegou também álcool e fósforos. Novamente na cozinha, transformou um rolo para maças e um pano velho em uma tocha encharcada no álcool, apenas esperando para ser acessa e usada como arma contra os felinos. Estava armado. Que venham, ele pensou e deixou as lágrimas secarem no rosto.
Voltou para a janela em que estava no começo daquela tarde e se deparou com incontávei gatos no jardim. Eles estavam em todos os lugares, por baixo das árvores; na entrada da casa; pendurados no portão verde; espalhados pela grama, agora um caos de fezes e urina felina; verdadeiro campo minado. No meio deles, estava o gato de olhos sagazes, olhando de forma mortal para o garoto. Ele miou um única vez. E os animais ficaram loucos, soltando ginchos diabólicos e disparando ataques contra a porta de entrada e, principalmente, contra o vidro frágil que os separavam. Era lutar ou morrer, Allan percebeu em determinação frenética. Ele segurou a tocha improvisada em um das mãos e, com a caixa presa entre os dentes, riscou um fósforo na outra. Esperou. O vidro ensaiava as primeiras rachaduras.
Como a cavalaria em um dos filmes em preto e branco que seu pai amava, o portão automático abriu passagem e em poucos segundos, o carro de seus pais surgiu na entrada da casa. Antes deles passarem pelo portão, porém, os gatos sumiram magicamente de vista. Havia apenas as fezes na grama, nada mais.
O garoto apagou o fosforo com um movimento rápido e escondeu, na caixa de brinquedos, suas armas. O cabo da vassoura poderia ficar em qualquer lugar; seria fácil de explicar, decidiu. Quando seus pais entraram, carregando mais sacolas plásticas recheadas com legumes e carnes do que poderiam aguentar com facilidade, ele perguntou com audível excitação:
“Compraram o livro que pedi, aquele com os hobbits?”
“Desculpe filho, a livraria estava fechada. Mas alugamos um filme que sua mãe queria assistir”, ele respondeu com voz cansada.
Allan olhou para fora novemente, torcendo a boca para os pais. Um único gato estava no muro, encarando-o com olhos sagazes. Amanhã, prometiam aqueles terríveis olhos, ou depois, eu sou paciente. Mas vou comer sua carne, pequeno humano, e festejar com seus olhos. Amanhã ou depois, marque minhas palavras. O gato virou o corpo e desapareceu pela rua tranquila e vazia.
Meia hora depois e o chá estava frio, horrível. Allan estava entediado, apoiou os cotovelos no descanso da janela; o peso da cabeça sobre os punhos fechados.
Nada de emocionante acontecia em sua vida, lamentou em um suspiro.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

T. C. C.

(Um conto cômico entre aquilo que é e o que deveria ter sido ou aquilo que você coloca no seu trabalho e o que deveria ter colocado. Baseado nas probabilidades de um conto de Rubem Fonseca)




Agradecimentos

Primeiramente, agradeço a...
a) Deus
b) Alá
c) Darwin
d) Ao Timão

... por me trazer para este momento conclusivo. Em seguida, agradeço a faculdade Rodrigues de Santana que...
a) não fez mais que a obrigação
b) é uma merda mas, mesmo assim, consegui estudar por conta
c) me ajudou com muito apoio e dedicação
d) quase me colocou no Serasa por não pagar uma mensalidade

... fazendo com que isso tornasse possível. Meu eterno carinho ao meu orientador Petruchio que ...
a) era o único disponível para esse trabalho ruim
b) é um picareta
c) um excelente profissional
d) é mais burro que uma porta

... favorecendo, assim, meu crescimento profissional. Não posso deixar de expressar minha dedicação a...
a) minha família
b) todos os judeus mortos no holocausto
c) Juliana Paes
d) a ninguém

... que foram minha sustentação nos momentos em que pensei em desistir. Sem mencionar as diversas pessoas que não estão aqui citadas, pois, ...
a) são inúteis
b) são completamente irrelevantes
c) não significam nada, eu as usei
d) são muitas

... para esse projeto.

Por fim, não posso esquecer de ...
a) meu chefe
b) minha namorada
c) o padeiro João
d) A Casa de Marmitas da Tia Cida

...que me presentou com ...

a) macetes maravilhosos para mim
b) boquetes maravilhosos para mim
c) baguetes maravilhosas para mim
d) croquetes maravilhosas para mim

Sem vocês esse trabalho não seria ...
a) possível
b) diferente, pois eu que ralei para escrevê-lo
c) um lixo somente para eu ter um diploma e começar a trabalhar em algo que não tem a ver com minha formação
d) uma perda de tempo

Muito obrigado,
(Assine aqui seu nome)

terça-feira, 3 de julho de 2012

antes tarde do que arthura

- Mas que caralho! Tu se chama Arthur?

- Não, porra. Não.

- Então o quê?

- Ah, só não deu.

- Como não deu?

- Não deu não dando. Eu tava lá até o meio da tarde, fazendo coisas, e quando passou do meio as coisas tavam feitas, era tarde à tarde e sol, saí pra tomar cerveja. E vim pra cá.

- E veio pra cá?

- Mas claro, claro. Vim pra cá. O  Clube é onde eu mais bebo, não sei beber noutro buraco. E vim pra cá.

- E daí, e então, e agora que já é dia de amanhã, mané, que que tu faz?

- Ah, eu me desculpo.

- Desculpa como?

- Hm... a próxima rodada é minha conta. Depois, conta da casa.