segunda-feira, 11 de março de 2013

42

- Oi, Joana.

Ela olhou. Sorriu espantada. Meu Deus!, pensou.

- Meu Deus!

Ele sorriu.

- Me recuso a provar minha existência, querida.

Apontou para o balcão. Ela sabia o que fazer. Em pouco tempo a Dinamite borbulhava na mesa do velho.

- Ah! Como ter o cérebro esmagado...

- ... por uma fatia de limão numa grande barra de ouro! - ela completou, rindo.

Trocaram amenidades. O mundo continuava girando, sem qualquer autoestrada em seu lugar. Prestando atenção, daria pra ouvir o murmúrio lamentoso de um robô não-positrônico, lá fora. Mas eles não prestavam atenção. Tocava Dire Straits na jukebox e o silêncio da noite era eterno. Tudo perfeitamente normal.



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