- E aí, quando a gente passava do segundo pro terceiro andar - acho -, vi o Arnaldo Baptista subindo junto. Ele e a Lucinha Lins.
- Lucinha Lins?
- Lucinha Lins, a mulher dele.
- Hm...
- Enfim, vi o lóki subindo lá, quase junto comigo - um pouco atrás, pra ser preciso - e na mesmíssima hora voltei pra abraçar o bicho.
- Que da hora. E ele, o que fez?
- Me abraçou também, cara, foi isso aí. Eu disse que ele era gente boa: na hora em que eu disse "Arnaldo, lóki, malandro velho" ele abriu um sorrisão. Foi mó demais, cara, sério mesmo.
Jukebox tocava o que tinha de tocar.
- Mas e aí, pegou um autógrafo e caiu fora?
- Pô bicho, que nada! Depois a gente ainda foi andando junto, batendo um papo. O Arnaldo até chegou a me dar umas dicas, velho.
- Sério? Que massa. Sobre música?
- Nada; sobre mulheres!
- Demais...
Mais uma cerveja, depois outra, depois um suco de laranja. Quase silêncio.
- Barbosa!
- Como?
- Lucinha Lins porra nenhuma, mané. A mulher do Arnaldão chama Lucinha Barbosa.
- Ah...
Agora sim, silêncio inteiro.
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