segunda-feira, 13 de agosto de 2012

lógica

Da janela a oeste vem o som de máquinas trabalhando, máquinas que não param. Da janela leste o som de pássaros voa dentro, passa por minha mente em duas voltas e vai embora, pra cima de um galho. Pássaros param.

Sentado, com a cerveja na mão e o vazio vasto sobre a mesa antiga, ouço do fundo do palco o piano aumentando pouco a pouco seu volume.

Há tesouros por toda parte. Quieto, parado, feito um pássaro calado sobre a madeira de uma árvore já morta, sou como máquina. Há tesouros por toda parte, e sou um caça-níqueis definitivamente quebrado.

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