Ele acorda cedo pela manhã com o braço adormecido, volta a dormir um pouco, olha pro lado e ri, volta a dormir, ela dorme. Nas idas e vindas da mente, do sono do sonho todo, lembra de um dialoguinho dito no fundo da noite, na beira depois da qual é tudo sono esquecido.
- Bom ter te conhecido. Feliz por esses dois dias, por esses dois dias todos.
- Por todos esses dias.
- Feliz por estar contigo.
- Feliz por estar contigo.
Sono, sono, dia logo continua.
- Você não devia viajar. Amanhã.
- Vá comigo.
- Não dá.
Não vai.
Dormem, dormem, sonham, acordam com o gosto estranho na boca de uma ressaca. Ele se veste e breve, casaca por sobre o ombro, tenta sair do corpo, do sonho dela que o ata.
Ele sai meio triste, ela fica não sabe como.
A noite de choro e samba no Clube, a noite primeira de ambos, ainda ressoa e tanto. Ela em um canto, ele na rua. Ele cantando. Ela nua.
Um docinho amargo, seu texto.
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