Ela passaria despercebida pelos homens. Seria mais uma mulher solitária em uma noite tranquila do bar se não fosse aquela canção no jukebox.
Não era seus cabelos ruivos que chamavam atenção, nem a roupa relativamente curta que usava, padrão natural do verão da cidade. Muito menos o boato de que seu nome verdadeira era americano: Mary Jane.
Era a maneira corrupta e sagrada que dançava Heartbreak Hotel. Como se toda dor da canção se transformasse em fúria. Como se um coração partido fosse sua sedução mais doce. Como se a alma, cuspindo pedaços, trouxesse o verdadeiro amor.
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