“Meu dia está fadado desde o começo”, eu disse,
bebericando um pouco do vinho branco. Zack era um cara legal e estávamos
realmente conversando há alguns minutos, apesar dos clientes ao nosso redor e
dos copos de bebida que ele deslizava suavemente pela madeira do balcão. Uma
conversa de verdade, não apenas um papo para matar o tempo. Ele acenou com a
cabeça enquanto despejava amendoins em um pote: continue. Eu continuei. “A primeira camisa que escolhi para hoje
estava com um furo em uma das mangas. Traça, eu acho. O que é um problema por
causa dos trezentos livros que tenho em casa. Bom, não eu. Minha irmã os tem,
ela é novelista. Trezentos livros, consegue imaginar?”
“Consigo”, Zack
respondeu com um sorriso no canto da boca, “eu também os tenho. Não os mesmos,
quero dizer, isso seria impossível. Possuo uma senhora biblioteca.”
Um bartender bibliófilo, pensei, em que mundo vivemos? Senti vergonha de
minha mente mesquinha logo depois e continuei a falar, era o melhor a se fazer.
“E como você faz para guardá-los? E o pó? E as traças?”
“Uma pergunta por
vez”, ergueu uma mão para minha direção, dizendo ‘calma lá, rapaz’. “Quando você está lendo, essas coisas não
importam. Nada disso. Então não me preocupo, apenas abro um livro por vez e
deixo as palavras fluírem.”
Ergui meu vinho
para ele. “Você deveria ser escritor, Zack, tem um jeito com as palavras.
Estamos nos afastando da conversa. A primeira camisa tinha um buraco, então
abri o armário para escolher outra. Quando estava terminando de me trocar, um
dos malditos botões descosturou e caiu. Suspirei e procurei outra peça... eu
estava quase sem camisas. Na terceira tentativa, dois... dois botões caíram e rolaram para baixo da cama, acredita? Eu quase
liguei para minha diretora e mandei ela enfiar a reunião.”
Zack me estudou com
afinco. Estava vestido com a parte de baixo do meu terno, sapatos, uma camiseta
preta do Black Sabbath e moletom verde escuro. “E você decidiu que seria uma
boa idéia ir para sua reunião assim”, disse como afirmação.
“Estava atrasado! O
que mais poderia fazer?”
O bartender letrado
riu ruidosamente e despejou mais vinho diante de mim. “Por conta da casa, pelos
colhões.”
Acho que ele tinha
razão. Eu fui para aquela reunião vestido como um adolescente e fiz a minha
melhor apresentação de todas. Merecia aquele vinho branco. “Às vezes acho que
estou ficando velho, Zack.”
Ele servia uma
jovem, depois de devolver-lhe uma identidade. Ela era magra, tinha o corpo
pequeno e seios quase inexistentes; eram um acidente anatômico, seios apenas
por definição. O rosto era bonito e o cabelo... diferente. “O primeiro sinal de
velhice, meu pai dizia, são pêlos púbicos brancos.”
“De maneira alguma
estou comprando essa sua história, dos pêlos públicos.”
“Por que não?”
“Nenhum pai
entraria nesse campo minado com a própria prole. Pais conversam sobre o tempo, ou
sobre esportes. Talvez sobre filmes, mas não sobre pêlos púbicos... brancos ou
não.”
“Talvez os seus, os
meu falavam sobre qualquer coisa. Quase sempre.”
“Sério?”
“Não, só dessa vez.
Que tipo doente de pessoa conversa sobre pêlos do saco o tempo todo?” Depois de
quase me fazer engasgar com o vinho, Zack continuou: “Um pêlo púbico branco é o
que desencadeia a velhice, ele me disse certa vez. Você pode estar bem até os
quarenta, sessenta anos, cheio de estamina e vigor, realizando mil tarefas ao
mesmo tempo e sem precisar de óculos. Até o primeiro pelo branco na sua virilhia
ou entre as bolas e boom, você se
transforma em um velho decrépito. Deste momento em diante, meu amigo, você está
ferrado. Os cabelos ficam todos como leite, suas sombrancelhas afinam e você
precisa procurar um oftalmologista para ver se está com cataratas. Depois são
as dores nas juntas, a saudade dos velhos tempos, o dominó na praça e dormir enquanto
caminha. O primeiro pelo púbico sem cor é o furo em sua represa do tempo.
Depois dele, você passa a dormir às seis da tarde e viver com gatos.”
“E se a pessoa
tiver cabelos brancos?”, perguntei para o bartender que estava apoiado na minha
frente, com os cotovelos no balcão manchado por cerveja velha.
“Tudo bem, desde
que os pêlos abaixo do umbigo estejam de qualquer outra cor.”
Pensei por um
tempo. Não sabia, até aquele momento, que pêlos púbicos pudessem ficar brancos.
Imaginava as idosas com cabelos crespos e brancos, mas com pêlos íntimos negros
como a noite ou loiros ou ruivos ou como uma aurora boreal. Estava de certo
modo decepcionado, sem saber exatamente o porquê. Abri a boca para colocar para
fora meus pensamentos, mas um homem corpulento desabou no banco alto à minha
esquerda. Ele pediu um Blue Label e se contentou com o Black que Zack tinha no
bar, empoeirado o suficiente para ter se transformado no whiskey mais velho e
caro que o gordo queria em primeiro lugar. Ele transpirava e o suor se acumulava
no colarinho do terno azul.
“Que porcaria de
lugar que só tem Black, hein? Aposto que os ratos fazem a comida daqui”,
suspirou no meu ouvido com hálito horrível. Devolvi apenas um sorriso amarelo.
De repente, minha conversa com Zack estava terminada. Ninguém teria a
capacitade de passar um tempo agradável com aquele homúnculo por perto. Ele
tinha o aspecto de quem possuía escravos infantis apenas para polir os sapatos
do dia. O tipo de gente bondosa, você conhece um, eu tenho certeza. “Que dia de
merda, pode ter certeza”, ele continuou apesar de meus sinais de
desencorajamento para um diálogo. Nem
comece, pensei. Olhei com súplica para Zack, mas ele estava ocupado,
misturando um Bloody Mary para a jovem. Eu me perguntei a cor dos pêlos púbicos
dela. Com certeza não eram brancos.
O homem afundou a
mão gorda no pote de amendoins e os jogou na boca, iniciando automaticamente
uma mastigação explícita. Comia amendoim quase como um atentado ao pudor, seria
condenado por um júri; pedaços de amendoim voavam de seus lábios, juntamente
com bolas de saliva e whisky, massas de comida triturada colonizavam os dentes
da frente. Você sabe, a cena que abre o seu apetite.
Zack despejou um
pouco mais de vinho em meu copo e indicou a garota ao meu lado, olhando-a com
ternura nas pupilas. Afaste o banco
devagar, ele apelava com aqueles olhos, puxe
papo com essa belezinha e não com o genocida de amendoins. “Meu pai não era
homem par-”, começou a dizer, apenas para ser cortado pelo gordo.
“É uma bosta, quer
saber?”, um tapa eclodiu em minhas costas, sonoro e ardido. Fechei meus olhos,
buscando algum sinal de paciência e encontrei uma pilha estocada em algum
lugar, juntando assim forças para não quebrar aquele nariz seboso. Zack encarou-me
como se estivesse lembrando dos botões de minhas camisas. Péssimo dia, péssimo
dia de fato.
“O que é uma bosta,
amigo?”, havia cinismo em minha voz.
“As mulheres, cara.
Elas são foda. Impossíveis, são seres de outro planeta. Eu gosto de pensar
nelas como plantas, faz sentido se você passar um tempo com a idéia.” Não, não faz, eu pensei, a única coisa que acontece é que você
levanta a bandeira do preconceito, gordão. “Há todo tipo de mulher pelo
mundo, certo? As gordas, as magras, as gostosas... toda estirpe feminina pode
ser comparada como um grande e diversificado jardim botânico.” Como mágica,
estava sinceramente surpreso com as palavras que saíam daquela boca
anti-higiênica. Não há termo para descrever o buraco nojento que era aquela
boca, ela era apenas o oposto da
higiêne, Hitler do bom hálito. Apesar do machismo implícito em seu discurso,
esperava por uma analogia interessante. A jovem ao meu lado estava prestando
atenção, percebi. “Há mulheres que são como orquídeas... ei, por que você está
usando calças e essa camisa podre? Não importa... temos um tipo de mulher para
cada flor. Por exemplo, as mulheres que buscam parceiros com fama, que se
importam apenas com o estilo de vida colocam as baladas no centro de suas vidas
são como girassóis, apontando para o que é luminoso e confortável; existem as
margaridas, que são inúmeras... legião, e que passam rápido por nossas vidas.
Você está me escutando?” Parou para beber mais whisky e pediu outra dose, dupla
e sem gelo. Concordei com minha cabeça e bebi do vinho, podia sentir o álcool
dando voltas em meu organismo, entorpecendo o cérebro até o mundo parecer um
lugar bom. Porra, o gordo asqueroso começava a parecer legal.
“Mulheres que são
como flores, estou ouvindo sim. Continue, por favor.” Zack parou o que estava
fazendo para parecer ocupado e abriu uma cerveja, bebendo direto do gargalo
enquanto escutava a teoria. Zack parecia o tipo de cara que gostava de teorias.
“Plantas
carnívoras, dama da noite, bromélias... aponte um mulher e ela será parte da
flora, tenham certeza.” Mais pessoas estavam ao nosso redor agora e ele estava
sentado em 45 graus do balcão, falando para todos. Uma das pernas estava
apoiada no banco, a outra no chão. Ele gostava de atenção e assumia a posição
treinada para pregar o Evangelho segundo o Amendoim. O barulho do bilhar estava
encerrado; até mesmo a Jukebox estava baixa, como se estivesse escutando a
conversa. “Mas as mais importantes são as rosas e as orquídeas. As rosas são
maravilhosas, estonteantes, o par de pernas que te faz virar a cabeça e enfiar
o carro num poste. Elas não exigem carinho especial ou cuidados extras, não.
Têm espinhos, é verdade, mas são belas como o diabo. Já as orquídeas não são
tão belas, são mais temperamentais, difíceis de lidar e zelar. Qual o problema,
vocês devem estar se perguntando. Bom, se você-”, parou para terminar a segunda
dose e Zack despejou mais álcool no copo sem o homem precisar pedir-lhe por
mais. Gasolina para pensamentos. “Ah. Se você quiser companhia, não colocará um
vaso com rosas no meio da sala. Rosas morrem rápido, vocês teriam pétalas
apodrecendo no carpete da sala em poucos dias, apesar de toda água e sol que
ela pudesse sonhar em ter. Se procuram por companhia, escutem o que estou
dizendo, coloquem uma orquídea em suas vidas. Ela precisará de mais cuidado, de
terra, água, sol, conversa, carinho e cinema. Mas estarão lá quando o sol
baixar e a luz da lua pesar em seu peito, meu amigo”, ele levantou o copo para
mim e brindamos. Que sujeito! Todos aplaudiam e davam tapinhas em suas costas.
“O problema”,
continuou, “é que trato as rosas como orquídeas e as orquídeas como rosas. É
sério, não estou de gozação. Mulheres lindas têm um feitiço poderoso e sou
usado como capaxo, enquanto as que demonstram afeto e carinho... bem, piso
nelas como se fossem baratas.”
Ele parou e bebeu mais.
Acompanhei e em pouco tempo perdi a conta de quantos copos havíamos virado
juntos. A jovem voltou para seu próprio espaço; as pessoas retornaram para suas
mesas e seus jogos de bilhar; a música explodiu nas caixas de som. “Eu
realmente acho que faço tudo errado”, disse enquanto rodava o copo vazio entre
as mãos roliças. Eu apertei seu ombro, tentando dar algum conforto para aquele
homem mal interpretado pelo modo brusco que abordava as pessoas. Só podia ser
isso. Eu tive a impressão de que se tratava de um porco, um canalha sem
escrúpulos, mas era, afinal, um bom sujeito. “Eu tenho uma orquídea em casa e
ela é tão boa comigo. Escuta meus problemas, prepara minhas refeições...
agüenta todas as minhas merdas e ainda me espera na cama quase todas as noites.”
Ele se virou para minha direção, olhos do tamanho de duas bolas de bilhar. “O
problema são as minhas namoradas. Elas são más Eu tenho uma rosa... uma não,
tenho todo um buquê, que...”
Ele abriu aquele
buraco de merda que chamava de boca e continuou a despejar filosofia barata.
Filho da puta. Esqueçam o que disse, ele era um canalha.
Abri minha
carteira, pesquei duas notas de dez e as empilhei no balcão. “Parece que seu
botão estava certo”, Zack brincou enquanto recolhia meu copo.
O gordo me olhava,
incrédulo. “Porra, estou falando com você”, ele disse.
“Foda-se com sua
orquída e suas rosas e arranje uma trepadeira. É o que você merece.” Virei as
costas e saí pela porta, inalando o ar fresco da noite. Em algum lugar lá
dentro, Zack gargalhava com força. A garota que estava do meu lado saiu em
seguida e parou na calçada, alguns metros de onde eu estava.
“Gostei da sua
saída.” Vestia uma camiseta do The Who e tinha parte do cabelo escuro tingido
de verde. “Aquele babaca quase me enganou também”, tragou profundamente e me
estudou. “Você parece ser legal. Se andar com você vai me estuprar?”
Meu queixo caiu e
nenhuma resposta saiu. Ela deu uma risada alta e disparou um soco no meu braço.
“Relaxa, eu sei que não vai. Eu arrancaria suas bolas com meus dentes.”
Sorri, ainda
incerto do que fazer.
“Vem, vamos andar.
A noite está linda.” Ela passou o braço pelo meu e andamos pelo píer da cidade.
Uma brisa fresca chegava do mar e o cheiro de peixe impregnava o lugar. “O que
você faz da vida, senhor estranho?”
“Meu nome é-”
“Nã-ã-ão”, ela me
cortou, “sem nomes, sem defeitos.”
Eu sorri novamente.
Que garota estranha. “Certo, sem nomes. Eu trabalho para um escritório de
contabilidades e marketing, nada de muito emocionante.”
“E hoje por um
acaso foi uma sexta casual?”, ela olhava para minha camiseta do Black Sabbath.
“Ótimo gosto musical, aliás.”
“E você? O que você
faz com sua vida?”, perguntei.
“Eu ajudo na
papelaria do meu pai. Ele está viajando, para o Uruguai, acho. Nós, eu e minha
irmã, estamos tocando o negócio e fazendo mágica com nosso orçamento, quando
preciso de mais dinheiro escrevo textos de viagem para Guias, coisa simples,
sabe? Tal lugar é assim e as pessoas são do tipo A, enquanto a comida do estilo
G e você provavelmente gostaria de visitar a cachoeira S. O dinheiro não é
espetacular, mas ajuda muito.”
“E seu nome é
Midori, certo?”, um sorriso sarcástico agora estampava meu rosto.
Ela enrubesceu e
mexeu no cabelo para disfaçar o desconforto. “Então você também leu Norwegian
Wood?”
“Minha irmã é
novelistas e temos uma tonelada de livros em casa. Eu leio bastante.”
“Bem, vergonha
minha. Mas é um ponto positivo para você, eu só saio com caras que gostam de
ler. Não essa merda de vampiros feitos de purpurina diurna, não, livros de
verdade, que valem a árvore derrubada para fazer o papel. Um homem lendo algo
bom faz minha libido explodir.”
“Você está mudando
de assunto. É mais do que justo, vamos lá. Eu não estou pedindo pelo seu nome,
quero apenas saber o que você faz.” Tentei não parecer interessado no seu nível
de líbido.
Ela parou e acendeu
outro cigarro, tragando com força. Ofereceu-me um e, sem saber exatamente o
porquê, aceitei. Nos primeiros segundos eu quase vomitei e tossi repetidas
vezes, mas logo reconquistei o controle dos fumantes. Velhos hábitos.
“Sou produtora de
bandas novatas. Ando pelos bares à procura de talento em estado bruto e caio
neles com minhas ferramentas de mineradora. É um saco, sério. Muita musica ruim
para uma promessa de promessa e os egos, meu Deus! O ego, o ego...”, ela imitou
Marlon Brandon em Apocalipse Now.
“Sério?”
Ela levantou o dedo
mínimo da mão esquerda, como se fosse um sinal universal para sinceridade.
“Sério.” Andamos mais alguns minutos, fumando nossos cigarros e apreciando a
lua cheia acima de nós.
“Eu perdi três
botões hoje. Acho que foi sinal de azar.” Meu cigarro caminhava para a metade,
enquanto a garota com as mechas coloridas quase terminava o dela. Ela pulava,
evitando pisar nas rachaduras que permeavam a calçada. “E posso ficar velho a
qualquer momento, segundo o Zack.”
“Quem?”
“Zack, o dono do
Clube.”
“Ah, ele é legal.
Você envelhece, todos nós envelhecemos. O que acontece é que algumas pessoas
escolhem se tornar velhas, percebe a diferença?” Estava gostando dela. “O que
significa que você estar comigo agora é azar?”
“Isso exatamente
por qual motivo...?”
“Os botões.”
“Ah, os botões.
Não, acho que não. Foram três. Meu dia foi até que bom, mas cansativo. Acho que
o gordão foi o resultado de dois botões, então você fica com um dos três que
caíram hoje de manhã. Você é metade do azar daquele cara, nada mal.”
Ela chutou minha
canela. “As mulheres são flores...
imbecil. Nunca havia escutado tanta merda na minha vida.”
“Por um momento o
que ele dizia foi interessante, no entanto.” Olhei para ela e vi as facas em
suas pupilas. “Não? Ok, não. Escuta, Midori... qual flor você seria?”
Ela olhou para a
lua e refletiu por alguns segundos. “Você não vai conseguir nada comigo, cara
do marketing, já aviso.”
“Prometo encerrar
qualquer tentativa. Já falei que leio muito?”
A garota deu uma
risada nasal e socou meu braço novamente. “Eu seria uma tulipa.”
“Por quê?”
“Porque gosto de
tulipas, oras. É uma teoria tosca, não preciso me explicar.”
“Não, não precisa. Eu
contei que gosto de ler?”
Um novo soco no meu
braço. Continuamos no píer e conversamos por várias horas. Quando o sol estava
levantando no horizonte, fazíamos amor no meu carro pela segunda vez naquele
dia. Eu lia muito, afinal. Ela deixou um papel dobrado em forma de tulipa, era
boa em origami. Sem telefones, sem nomes. Apenas uma tulipa branca de papel.
Fui para casa depois disso e dormi por doze horas. Depois de acordar com a
maior dor de cabeça que já tive, vi que o botão da minha calça havia caído em
algum lugar da cidade. Minha cabeça continha um exército furioso, pisoteando em
marcha o meu pobre cérebro e tentando derrubar meu crânio com um aríete. Um
deserto poderia ilustrar perfeitamente as condições de minha boca e eu sentia
resquícios de cigarro e vômito. Que noite!
Retirei toda minha
roupa e comecei a urinar. “Filho da puta!”, gritei quando olhei para baixo. Em
minha virilha, entre os outros pêlos, um único fio branco iniciava seu império.
hahaha... Muito legal este conto. Divertido, leve, e descontraído. Muito gostoso de ler. Adoro vc. Como escritor, como historiador e acima de tudo como filho. Ana Eliza.
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