Gavilanes era peça chave na seleção de 84. Seleção paraibana. Na época foi convocado até mesmo pro time do Crato, primeira divisão. Faz alguns anos, isso, e Doris esteve com ele desde o começo.
Desde antes, desde a série E, desde bem antes mesmo. Sempre se amaram. Felizes, planos e prestações vencidos, conquistados. Casa própria em outro estado, salário fixo e mesmo uma pensão prevista, pra caso o fim da vida. Dele.
Gavilanes ia mudar, agora, de time e de lugar. Era um jogador modelo, exemplo, zagueiro e capitão. Isso desde antes da seleção: Gavilanes era um jogador perfeito, justo e pacífico. Um fair play. Gabava-se apenas de nunca ter, nunca, levado um vermelho. Só mesmo um cartão amarelo, uma vez, que ele admitia. Merecera.
Doris não o aguentava mais. Tinha a casa, tinha a pensão... Não ia mais mudar de canto, aos 30 e tantos, com quatro filhos na mão e outro no buxo. Ele que fosse sozinho. Era um jogador exemplar, não era? Era justo e a perfeição, não era? Ele que fosse sozinho.
Um homem bom não faz falta.
Desde antes, desde a série E, desde bem antes mesmo. Sempre se amaram. Felizes, planos e prestações vencidos, conquistados. Casa própria em outro estado, salário fixo e mesmo uma pensão prevista, pra caso o fim da vida. Dele.
Gavilanes ia mudar, agora, de time e de lugar. Era um jogador modelo, exemplo, zagueiro e capitão. Isso desde antes da seleção: Gavilanes era um jogador perfeito, justo e pacífico. Um fair play. Gabava-se apenas de nunca ter, nunca, levado um vermelho. Só mesmo um cartão amarelo, uma vez, que ele admitia. Merecera.
Doris não o aguentava mais. Tinha a casa, tinha a pensão... Não ia mais mudar de canto, aos 30 e tantos, com quatro filhos na mão e outro no buxo. Ele que fosse sozinho. Era um jogador exemplar, não era? Era justo e a perfeição, não era? Ele que fosse sozinho.
Um homem bom não faz falta.
há, bem bolado, bem bolado
ResponderExcluirMuito legal o texto, Leandro.
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